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dando sinal de vida

Posso mandar o mundo calar a boca e me ouvir? Quero gritar aos quatro cantos que eu não preciso de mais nada. Sabe aquela felicidade que vinha de sei lá onde que às vezes me pegava de surpresa? Pois é, ela está de volta. HAHA'. Num tenho vontade de fazer nada além de dormir. Estranho para uma pessoa feliz, eu sei. Mas quanto mais eu durmo, mais feliz fico. Tô pirando. Uma vontade estranha de rir de tudo, assim, sem motivo. Lembro de coisas que nem foram tão engraçadas e começo a rir sozinha. É. Há quem diga que eu tô doidinha. AUSHUASHAUSHAUSUA. Mas eu não ligo. É bom estar assim.

Não é uma coisa simples de se fazer. Todos falam como se fosse fácil, mas não é. Se fosse,eu já teria feito há muito tempo. Eu acho. Mas a complexidade torna as coisas mais interessantes e atraentes. Tem-se muito mais interesse por aquilo que é difícil de se explicar do que pelo simples. O simples qualquer um conseguiria. Mas eu busco outras coisas. Não quero viver sempre na mediocridade de uma vida monótona e rotineira. Quero mudar, fazer coisas novas, diferentes e que precisem de coragem. Por isso tenho relutado em seguir em frente. Não sei o que seria certo no momento. Família, amigos, faculdade, enfim, tudo que se envolve nessa perspectiva de futuro que pode ou não ser comprometida por atitudes tomadas de maneira impensada é o que me faz relutar. A vida não é simples de se viver e não pode ser vivida como se fosse simples. Viver requer coragem para enfrentar os problemas e encarar as possibilidades de futuro que surgem a sua frete. Não existe um caminho certo a se seguir. Existem vários caminhos, mas todos levarão ao mesmo fim. Eles são apenas diferentes. Alguns mais fáceis, outros mais difíceis. Mas deve-se lembrar de que nem sempre o que é fácil é bom e que mais fácil não é sinônimo de mais curto. Não quero cair na rotina. Não gosto muito de planejar o que vou fazer, mas acabo por criar um roteiro em minha mente, e mesmo não intencionalmente, ele é seguido. Até por pessoas que nem sabiam da existência desse plano. Tem horas que me sinto diferente, acho que por essa necessidade de correr riscos. Prefiro esperar que as coisas aconteçam por si só mas, às vezes um plano é indispensável. E involuntário. Pretendo percorrer vários dos caminhos que tenho em frente, às vezes até criando um atalho, uma conexão entre eles. Não quero mais me isolar e viver de dúvidas. Preciso ter certeza.

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas. Que saco.

Provas começando, fico mais sem tempo pra escrever do que antes. A inspiração também não tem ajudado. Porém, continuo viva, pra infelicidade dos que me odeiam.

Como já é rotina, desapareci. Fiquei sem aparecer e não tô legal. Tá, eu tive alguns breves momentos de alegria, mas no geral, não tô legal. É que eu não me preocupo muito com as palavras já que minha cabeça não tá bem. Por isso tal lapso de tempo sem vir aqui. Falando a verdade, eu me sinto apavorada. Não sei quando nem como isso chega, mas chega e eu não sei o que fazer. Queria poder acabar com tudo isso. É algo com o que não consigo me acostumar. As noites sem dormir estão me matando. Minha vontade era correr para o colo da minha mãe e chorar, assim como eu fazia quando eu era criança e sentia medo. É infantil, sim, mas no momento era o que mais me confortaria. Nunca pensei que sentiria tanta falta de casa. Eu tô pirando. Não consigo ficar sozinha mais, entro em pânico. A solidão me assusta. Às vezes, mesmo sabendo que tem alguém ali comigo, eu sinto medo, como se não houvesse ninguém. Ah, há quem diga que estou realmente ficando maluca. Mas nunca fui totalmente normal. Nenhum de nós é. As coisas que não me assustam em alguns casos, em outros, bem menos prováveis começam a assustar. Como explicar isso? Pediria ajuda, mas, a maioria das pessoas nunca entenderia. Acho que ninguém entenderia. Coisas simples me assustam. Não quero que a noite chegue. É escuro. Não gosto da escuridão. A escuridão me assusta. Acho que realmente estou ficando maluca.